quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Feliz Natal!
http://www.youtube.com/watch?v=upPWB_-foZI&feature=related
Mary Cristo
Já nasceu o Deus menino
E as vaquinhas vão mugindo
Blim blom, blim blom
Blim blom, nylon
Mary, Mary, Mary Cristo
Cristo, Cristo, Mary, Mary
Esta noite olham por nós
Anjos cantam lá do céu
Carneirinho me dá lã, mé
Passarinhos de manhã, né
Cantam
Tudo tão bom
Papai Noel
Momo do céu
Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte
Tu e Eu
Tu e Eu
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu,lipa
Eu,calipto.
Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.
Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.
És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu,cano.
Eu,clidiano.
Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu,tano.
Eu,femismo.
Luis Fernando Veríssimo
domingo, 20 de dezembro de 2009
Dorme
Menino Grande
Eu gosto tanto do carinho que ele me faz
Faz tanto bem o beijo que ele me traz
As horas passam, ligeiras, felizes
Sem a gente sentir
Ele está ao meu lado, com o corpo cansado
Precisa dormir
Dorme, menino grande
Que eu estou perto de ti
Sonha o que bem quiseres
Que eu não sairei daqui
Oh vento não faz barulho
Meu amor está dormindo
E o mar não bata com força
Porque ele está dormindo
Dorme, menino grande
Que eu estou perto de ti
Sonha o que bem quiseres
Que eu não sairei daqui
Antônio Maria
sábado, 19 de dezembro de 2009
Pois é Pra Que
Pois é Pra Que
O automóvel corre
A lembrança morre
O suor escorre
E molha a calçada
A verdade na rua
A verdade no povo
A mulher toda nua
Mas nada de novo
A revolta latente
Que ninguém vê
E nem sabe se sente
Pois é, prá que?
O imposto, a conta
O bazar barato
O relógio aponta
O momento exato
Da morte incerta
A gravata enforca
O sapato aperta
O país exporta
E na minha porta
Ninguém quer ver
Uma sombra morta
Pois é, prá que?
Que rapaz é esse?
Que estranho canto
Seu rosto é santo
Seu canto é tudo
Saiu do nada
Da dor fingida
Desceu a estrada
Subiu na vida
A menina aflita
Ele não quer ver
A guitarra excita
Pois é, prá que?
A fome, a doença
O esporte, a gincana
A praia compensa
O trabalho a semana
O chopp, o cinema
O amor que atenua
Um tiro no peito
O sangue na rua
A fome, a doença
Não sei mais porque
Que noite, que lua
Meu bem, prá que?
O patrão sustenta
O café, o almoço
O jornal comenta
Um rapaz tão moço
O calor aumenta
A família cresce
O cientista inventa
Uma flor que parece
A razão mais segura
Prá ninguém saber
De outra flor
Que tortura...
No fim do mundo
Tem um tesouro
Quem for primeiro
Carrega o ouro
A vida passa no meu cigarro
Quem tem mais pressa
Que arranje um carro
Prá andar ligeiro
Sem ter porque
Sem ter prá onde
Pois é, prá que?
Pois é, prá que?
Pois é!
Sidney Müller
O automóvel corre
A lembrança morre
O suor escorre
E molha a calçada
A verdade na rua
A verdade no povo
A mulher toda nua
Mas nada de novo
A revolta latente
Que ninguém vê
E nem sabe se sente
Pois é, prá que?
O imposto, a conta
O bazar barato
O relógio aponta
O momento exato
Da morte incerta
A gravata enforca
O sapato aperta
O país exporta
E na minha porta
Ninguém quer ver
Uma sombra morta
Pois é, prá que?
Que rapaz é esse?
Que estranho canto
Seu rosto é santo
Seu canto é tudo
Saiu do nada
Da dor fingida
Desceu a estrada
Subiu na vida
A menina aflita
Ele não quer ver
A guitarra excita
Pois é, prá que?
A fome, a doença
O esporte, a gincana
A praia compensa
O trabalho a semana
O chopp, o cinema
O amor que atenua
Um tiro no peito
O sangue na rua
A fome, a doença
Não sei mais porque
Que noite, que lua
Meu bem, prá que?
O patrão sustenta
O café, o almoço
O jornal comenta
Um rapaz tão moço
O calor aumenta
A família cresce
O cientista inventa
Uma flor que parece
A razão mais segura
Prá ninguém saber
De outra flor
Que tortura...
No fim do mundo
Tem um tesouro
Quem for primeiro
Carrega o ouro
A vida passa no meu cigarro
Quem tem mais pressa
Que arranje um carro
Prá andar ligeiro
Sem ter porque
Sem ter prá onde
Pois é, prá que?
Pois é, prá que?
Pois é!
Sidney Müller
Pra São Jorge
Vou acender velas para São Jorge
A ele eu quero agradecer
E vou plantar comigo-ninguém-pode
Para que o mal não possa então vencer
Olho grande em mim não pega
Não pega não
Não pega em quem tem fé
No coração
Ogum com sua espada
Sua capa encarnada
Me dá sempre proteção
Quem vai pela boa estrada
No fim dessa caminhada
Encontra em Deus perdão
Zeca Pagodinho
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Salamaleque
Salamaleque
Você que reclama da vida
Mas que não se intimida
Quando vai trabalhar
Você que não perde o sorriso
Mas não sabe o motivo
E nem quer suspeitar
Mulher
Tá virando cachaça
E eu até acho graça
Precisa se recuperar
Larga essa vida
Chuta esse balde
Joga esse prato no chão
Vira esse copo na dividida
Segue comendo com a mão
Então
Outra vez resolvido o eterno marido
Nunca perde a razão
Pois é, a favor da vontade
Não existe verdade
Quando a gente não quer
Que bom que esse peso nas costas
Que a gente não gosta
Já mora em outro lugar
Graças ao vento
Novos momentos
Ninguém ficou sem razão
Tanto pileque,
Salamaleque
Tudo que não foi em vão
Rubinho Jacobina/Max Sette/Jonas Sá
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Quem?
Um tempo para cada coisa
Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus:
Tempo para nascer e tempo para morrer
Tempo para plantar e tempo para arrancar o que foi plantado
Tempo para matar e tempo para sarar
Tempo para demolir e tempo para construir
Tempo para chorar e tempo para rir
Tempo para gemer e tempo para dançar
Tempo para atirar pedras e tempo para ajunta-las
Tempo para dar abraços e tempo para apartar-se
Tempo para procurar e tempo para perder
Tempo para guardar e tempo para jogar fora
Tempo para rasgar e tempo para costurar
Tempo para calar e tempo para falar
Tempo para amar e tempo para odiar
Tempo para a guerra e tempo para a paz.
Eclesiastes 3:1 a 8.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Românticos
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...
Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...
Romântico
É uma espécie em extinção!
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Como eu!
Românticos são loucos
Românticos são poucos
Como eu! Como eu!
Vander Lee
Caso Sério
Caso Sério
Nosso caso é um caso perdido
Que ofusca a luz da razão.
Confunde os mais entendidos
Nos assuntos do coração.
Desnorteia os astros,
Quebra a bússola dos horóscopos,
Segue indiferente, indestrutivelmente são.
Nosso caso é um caso sério
Porque ele não é sério demais.
É um jogo descuidado
Com cuidados especiais.
Desafia os búzios,
Mandalas e as cartas de tarô.
Tudo o que te dou
É tudo e mais o que Deus quiser.
Me queira como eu sou
Que eu te quero como você é.
Toquinho
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Levante
Nada de mais
Velhos sinais
Sobre a paisagem
Planos gerais
Rastros atrás
E avante, a estrada
Mas pra sacudir levante
Mais puro é o amor
Mais puro é o amor
Vejo os jornais
Não sei que lá
Não sei de nada
Tudo normal
Nas marginais
E nas fachadas
Mas pra sacudir levante
Mais puro é o amor
Mais puro é o amor
Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte, Seu Jorge
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Gerânio
Gerânio
Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente
Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda
Conhece a Índia e o Japão e a dança haitiana
Fala inglês e canta em inglês
Escreve diários, pinta lâmpadas, troca pneus
E lava os cabelos com shampoos diferentes
Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa
E corre quando quer
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano
E brinco para a orelha, bolsa de couro, namora e é amiga
Tem computador e rede, rede para dois
Gosta de eletrodomésticos, toca piano e violão
Procura o amor e quer ser mãe, tem lençóis e tem irmãs
Vai ao teatro, mas prefere cinema
Sabe espantar o tédio
Cortar cabelo e nadar no mar
Tédio não passa nem por perto, é infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda
Nando Reis, Marisa Monte, Jennifer Gomes
domingo, 6 de dezembro de 2009
Justiça, alegria e paz!
No Braseiro
Quero justiça, alegria e quero paz,
Mas com direitos iguais, como já disse Tosh
E quero mais que um milhão de amigos do RC
Ser como Luís e suas maravilhas do mundo, quero comer
Quero me esconder debaixo da saia da minha amada
Como Martinho da Vila, em ancestral batucada
Eu quero é botar meu bloco na rua, qual Sampaio
Quero o sossego de Tim Maia olhando um céu azul de maio
Eu quero é mel, como cantou Melodia
Quero enrolar-me em teus cabelos
Como disse Wando à moça um dia
Quero ficar no teu corpo, como Chico em Tatuagem
E quero morrer com os bambas de Ataulfo bem mais tarde
Só que bem mais tarde
Eu quero ir pra ver Irene rir, como escreveu Veloso!
Pedro Luís
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Porque Eu Sei Que É Amor
Porque Eu Sei Que É Amor
Porque eu sei que é amor
Eu não peço nada em troca
Porque eu sei que é amor
Eu não peço nenhuma prova
Mesmo que você não esteja aqui
O amor está aqui
Agora
Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir
Embora
Eu sei que é pra sempre
Enquanto durar
E eu peço somente
O que eu puder dar
Porque eu sei que é amor
Sei que cada palavra importa
Porque eu sei que é amor
Sei que só há uma resposta
Mesmo sem porquê eu te trago aqui
O amor está aqui
Comigo
Mesmo sem porquê eu te levo assim
O amor está em mim
Mais vivo
Porque eu sei que é amor
Sérgio Britto e Paulo Miklos
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Preciso Me Encontrar
Preciso Me Encontrar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
Candeias
Esquinas
Esquinas
Só eu sei
As esquinas por que passei
Só eu sei
Sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar
Sabe lá
E quem será
Nos arredores do amor
Que vai saber reparar
Que o dia nasceu
Só eu sei
Os desertos que atravessei
Só eu sei
Sabe lá
O que e morrer de sede em frente ao mar
Sabe lá
E quem será
Na correnteza do amor que vai saber se guiar
A nave em breve ao vento vaga de leve e trás
Toda a paz que um dia o desejo levou
Só eu sei
As esquinas por que passei
Só eu sei
E quem será
Na correnteza do amor
Djavan
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