4 Horizontes
É que no fim da estrada
Eu vejo quatro horizontes
Há mar
Há montes de histórias
Mistérios
Sedes distintas
Aquilo que te sacia
Pra mim é um três por quatro
O que retrata meu medo
Pra você não tem segredo
O que pra ti é degredo
Pro outro é porto seguro
Seu furo de reportagem
Pra nós é mera bobagem
Viagem sem paradeiro
Nos faz tão perto e distantes
Depois da minha chegada
Sua partida, seu antes
Estrada de quatro sentidos
Encruzilhada de destinos
Quanto mais flor mais mulher
Quanto mais velho mais menino
Pedro Luis e Lenine
terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Fé Cega, Faca Amolada
Fé Cega, Faca Amolada
Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada
Agora não espero mais aquela madrugada
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranquilo
Deixar o seu amor crescer e ser muito tranquilo
Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar faca amolada
Irmão, irmã, irmã, irmão de fé faca amolada
Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia
Beber o vinho e renascer na luz de todo dia
A fé, a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada
O chão, o chão, o sal da terra, o chão, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia
Deixar o seu amor crescer na luz de cada dia
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai se muito tranquilo
Milton Nascimento
Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada
Agora não espero mais aquela madrugada
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranquilo
Deixar o seu amor crescer e ser muito tranquilo
Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar faca amolada
Irmão, irmã, irmã, irmão de fé faca amolada
Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia
Beber o vinho e renascer na luz de todo dia
A fé, a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada
O chão, o chão, o sal da terra, o chão, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia
Deixar o seu amor crescer na luz de cada dia
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai se muito tranquilo
Milton Nascimento
Por Quem Merece Amor
Por Quem Merece Amor
Te perturba esse amor?
Amor de juventude
Meu amor é amor de virtude
Te perturba esse amor?
Sem máscaras por trás
Meu amor é uma arte de paz
Te perturba esse amor?
Amor de humanidade
Meu amor é amor de verdade
Te perturba esse amor?
Com todos ao redor
Meu amor é uma arte maior
Meu amor, minha prenda encantada
Minha eterna morada
Meu espaço sem fim
Meu amor não aceita fronteira
Como a primavera
Não escolhe jardim
Meu amor, não é amor de mercado
Esse amor tão sangrado
Não se tem pra lucrar
Meu amor é tudo quanto tenho
E se eu vendo ou empenho
Para que respirar
¿Te molesta mi amor?
Mi amor de juventud
Y mi amor es un arte en virtud
¿Te molesta mi amor?
Mi amor sin antifaz
Y mi amor es un arte de paz.
¿Te molesta mi amor?
Mi amor de humanidad
Y mi amor es un arte en su edad
¿te molesta mi amor?
Mi amor de surtidor
Y mi amor es un arte mayor
Meu amor, alivia e acalma
É o remédio da alma
Pra quem quer se curar
Meu amor é humilde é singelo
E o destino mais belo
É torná-lo maior
Meu amor, o mais apaixonado
Pelo injustiçado
Pelo mais sofredor
Meu amor abre o peito pra morte
E se entrega pra sorte
Por um tempo melhor
Meu amor, esse amor destemido
Arde em fogo infinito
Por quem merece amor...
Silvio Rodriguez
Te perturba esse amor?
Amor de juventude
Meu amor é amor de virtude
Te perturba esse amor?
Sem máscaras por trás
Meu amor é uma arte de paz
Te perturba esse amor?
Amor de humanidade
Meu amor é amor de verdade
Te perturba esse amor?
Com todos ao redor
Meu amor é uma arte maior
Meu amor, minha prenda encantada
Minha eterna morada
Meu espaço sem fim
Meu amor não aceita fronteira
Como a primavera
Não escolhe jardim
Meu amor, não é amor de mercado
Esse amor tão sangrado
Não se tem pra lucrar
Meu amor é tudo quanto tenho
E se eu vendo ou empenho
Para que respirar
¿Te molesta mi amor?
Mi amor de juventud
Y mi amor es un arte en virtud
¿Te molesta mi amor?
Mi amor sin antifaz
Y mi amor es un arte de paz.
¿Te molesta mi amor?
Mi amor de humanidad
Y mi amor es un arte en su edad
¿te molesta mi amor?
Mi amor de surtidor
Y mi amor es un arte mayor
Meu amor, alivia e acalma
É o remédio da alma
Pra quem quer se curar
Meu amor é humilde é singelo
E o destino mais belo
É torná-lo maior
Meu amor, o mais apaixonado
Pelo injustiçado
Pelo mais sofredor
Meu amor abre o peito pra morte
E se entrega pra sorte
Por um tempo melhor
Meu amor, esse amor destemido
Arde em fogo infinito
Por quem merece amor...
Silvio Rodriguez
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Não Quero Você Assim
Não Quero Você Assim
Olhar vazio
Nenhum sinal de emoção
Não quero você assim
Eu sei que não existe mais
Aquilo que você guardava
A mesma palavra
Querendo explicar em mim
A eternidade em mim
Não quero você assim
Não importa mais
O que foi perdido
Importa apenas o teu sorriso
E nada mais
Não há lembranças pra se guardar
Existe a vida
E os poetas como sempre
No vício das esquinas
Não importa mais
O que foi perdido
Importa apenas o teu sorriso
E nada mais
Bom é sentir esse amor
Em muitos corações
Bom é saber que a solidão
É o início de tudo
Paulinho da Viola
terça-feira, 17 de agosto de 2010
São os sonhadores...
"Todos nós temos necessidade de ser olhados.
Podemos ser classificados em quatro categorias, segundo o tipo de olhar sob o qual queremos viver.
A primeira procura o olhar de um número infinito de olhos anônimos, em outras palavras, o olhar do público.(...), é também o caso do jornalista de queixo comprido. Estava habituado com seus leitores, e quando a revista foi fechada pelos russos, teve a impressão de que vivia numa atmosfera mil vezes rarefeita. Para ele, ninguém podia substituir o olhar dos desconhecidos. Sentia-se sufocar. Até que um dia compreendeu que estava sendo seguido a cada passo pela polícia, que estava sendo escutado enquanto falava ao telefone e até mesmo discretamente fotografado na rua. De repente, olhos anônimos o seguiam por toda parte, e ele pôde respirar de novo! (...)
Na segunda categoria, estão aqueles que não podem viver sem o olhar de numerosos olhos familiares. São os organizadores incansáveis de coquetéis e jantares. São mais felizes que os da primeira categoria, que, quando perdem seu público, imaginam que a luz se apagou na sala de suas vidas. É o que acontece a quase todos mais dia, menos dia. As pessoas da segunda categoria, pelo contrário, sempre conseguem arrumar quem as olhe.
(...)
Em seguida, vem a terceira categoria, as que tem necessidade de viver sob o olhar do ser amado. A situação deles é tão perigosa quanto a daqueles do primeiro grupo. Basta que os olhos do ser amado se fechem para que a sala fique mergulhada na escuridão.
(...)
Por fim, existe a quarta categoria, a mais rara, a dos que vivem sob olhares imaginários dos ausentes. São os sonhadores.(...) Foi o que o incentivou a lhe escrever uma carta. Não pedia resposta. Só desejava uma coisa: que Tomas pousasse o olhar na sua vida."
Milan Kundera - A Insustentável Leveza do Ser
livro maravilhoso, super recomendado ;)
Podemos ser classificados em quatro categorias, segundo o tipo de olhar sob o qual queremos viver.
A primeira procura o olhar de um número infinito de olhos anônimos, em outras palavras, o olhar do público.(...), é também o caso do jornalista de queixo comprido. Estava habituado com seus leitores, e quando a revista foi fechada pelos russos, teve a impressão de que vivia numa atmosfera mil vezes rarefeita. Para ele, ninguém podia substituir o olhar dos desconhecidos. Sentia-se sufocar. Até que um dia compreendeu que estava sendo seguido a cada passo pela polícia, que estava sendo escutado enquanto falava ao telefone e até mesmo discretamente fotografado na rua. De repente, olhos anônimos o seguiam por toda parte, e ele pôde respirar de novo! (...)
Na segunda categoria, estão aqueles que não podem viver sem o olhar de numerosos olhos familiares. São os organizadores incansáveis de coquetéis e jantares. São mais felizes que os da primeira categoria, que, quando perdem seu público, imaginam que a luz se apagou na sala de suas vidas. É o que acontece a quase todos mais dia, menos dia. As pessoas da segunda categoria, pelo contrário, sempre conseguem arrumar quem as olhe.
(...)
Em seguida, vem a terceira categoria, as que tem necessidade de viver sob o olhar do ser amado. A situação deles é tão perigosa quanto a daqueles do primeiro grupo. Basta que os olhos do ser amado se fechem para que a sala fique mergulhada na escuridão.
(...)
Por fim, existe a quarta categoria, a mais rara, a dos que vivem sob olhares imaginários dos ausentes. São os sonhadores.(...) Foi o que o incentivou a lhe escrever uma carta. Não pedia resposta. Só desejava uma coisa: que Tomas pousasse o olhar na sua vida."
Milan Kundera - A Insustentável Leveza do Ser
livro maravilhoso, super recomendado ;)
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Seguindo meu coração
Passou
Preciso sair
Distrair um pouco
Ser içado ao mundo
Do fundo do poço
Reaparecer
Com a tarde ainda
Porque o que passou, passou
Nada é para toda a vida
Tudo o que eu vivi
É passado, escombros
Deixo os seus jardins
E afins para os pombos
Pronto para seguir
Ticket só de ida
Outro lugar, um outro amor
Uma outra cor na vida
Nunca mais outras noites
Vão me seguir de madrugada
Sua lembrança já não me faz nada
Sair pro sol
Ver a ponte se abrir
Sorrir de tudo
Desencanar
'Cê sabe ser frio
Tanto quanto a Suécia
E eu o Brasil das matas tropicais
Mares de verão, cascatas de foz
Luar do sertão
E levo a vida bem melhor
Seguindo meu coração
Djavan
Entre nobres e caras-de-pau
Passo nessa vida
Como passo na avenida
Entre nobres e caras-de-pau
Sufocados no mesmo ideal
Mas, à mercê
De um falso alento
Eu me deito
Esperando
Sorrindo ou xingando
O que jamais
Teceu-me consideração
Dança que marcou
Eu não
Djavan
Como passo na avenida
Entre nobres e caras-de-pau
Sufocados no mesmo ideal
Mas, à mercê
De um falso alento
Eu me deito
Esperando
Sorrindo ou xingando
O que jamais
Teceu-me consideração
Dança que marcou
Eu não
Djavan
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Esperança é a primeira que morre
Tô Fora
Não tem ebó
Que tire o nó
Do nosso amor, mulher
Quizila de Oxum
E Ogun Ogunté
Pra mim é o fim
Vou cair de colher
Numa paixão qualquer
Sou do sal da maré
Em caso de dor
Flor-de-quaresma
Lhe socorre
Comigo
Esperança é a primeira que morre
Era um samba essa vida da gente
Você de repente atravessou
São Jorge guerreiro
Me avisou
Desandou
Só tem dor nesse lar
Vai por mim
E vê se não demora
Amor de usar e abusar
Tô fora
Pode fazer um jantar da pesada
Tô fora
E por na cama coberta bordada
Tô fora
Você pode jurar
E se descabelar
E chorar
Pecador sempre chora
Tô fora
Roque Ferreira
ps: ouçam Roberta Sá e Trio Madeira Brasil - Quanto o Canto é Reza
Água Doce
Água Doce
Quando o canto é reza
Todo toque é santo
Toda estrela é guia
Todo mar encanto
Quando a lua passeia na pedra da sereia
Toda fonte é sagrada
Toda água é doce
Toda alma é pura
Toda hora é bela
Quando a mão se perfuma
Todo beijo é uma flor
Todo coração tem um mistério
Toda paixão tem um segredo
Toda fé tem um andor.
Quando a sombra do mal se esconde
Toda paz é filha de Gandhi
Toda força tem seu louvor
Quando o olhar se ilumina
O coração se inclina
O amor abre a cortina e todo chão se empina
Numa colina sob o lençol de alecrim
E lá de cima
Quem abençoa
É Nosso Senhor do Bonfim
Roque Ferreira
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Bethencout da Silva
Amei na aurora da vida,
E morro da vida em flor,
É sempre assim a existência:
Ao riso sucede a dor.
Desfolhei rosas sem conta,
Perfumes mil respirei;
E nessa luta de afetos
Nem um sincero encontrei
Minha alma descreu de tudo,
Dos sonhos de que viveu,
Centelha de luz perdida,
Suspiro que além morreu!
Bethencout da Silva.
E morro da vida em flor,
É sempre assim a existência:
Ao riso sucede a dor.
Desfolhei rosas sem conta,
Perfumes mil respirei;
E nessa luta de afetos
Nem um sincero encontrei
Minha alma descreu de tudo,
Dos sonhos de que viveu,
Centelha de luz perdida,
Suspiro que além morreu!
Bethencout da Silva.
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